quinta-feira, 24 de julho de 2008

Clássico de um jogo só

O jogo desta noite entre Coritiba e Ipatinga, válido pela 14º rodada do campeonato brasileiro, coloca frente a frente as duas equipes que fizeram a final da Série B no ano passado. Mesmo não tendo sido uma decisão de confronto direto, os times disputaram até o último minuto o título da competição. Só por este motivo o jogo já teria um gosto diferente.

Mas apesar de terem se enfrentado apenas duas na história (Ipatinga 1 x Coritiba e Coritiba 1 x 0 Ipatinga), o confronto ficou marcado pelos quatro pênaltis batidos na última partida, uma das situações mais memoráveis da quase centenária história do Coritiba.

Sexta-feira, dia 28 de agosto de 2007, Coritiba e Ipatinga disputam a liderança da segundona. Apesar de ser superior durante toda a partida, o Coxa não consegue furar a boa retranca do time visitante, que vinha de seis vitórias consecutivas. O jogo caminhava para o 0 a 0, quando a sorte veio nos acréscimos. Aos 47 minutos Ricardinho entra na área e força uma penalidade inexistente, o árbitro Cléber Wellington Abade acredita e marca. Responsabilidade do capitão Anderson Lima que inicia uma seqüência de pênaltis inédita. Na primeira tentativa bate no lado esquerdo, o goleiro Fred defende. O juiz manda voltar alegando que Fred se adiantou. Segunda tentativa, nova defesa, mesma alegação do juiz. Anderson corre agora para terceira chance de marcar, desta vez o goleiro dá rebote e o lateral direito faz. O juiz agora alega que os jogadores do Coritiba invadiram a área antes da cobrança. 56 minutos, Anderson faz a quarta cobrança e finalmente marca.

Anderson Lima, que para boa parte da torcida deveria ter desistido após a segunda tentativa perdida desabafa. "Queria que fosse no primeiro, mas Deus quis assim. O importante é que eu tenho a confiança de todos os meus companheiros e mantive a tranqüilidade para fazer o gol. A gente tem que marcar história aqui."

Fato memorável e inesquecível para quem esteve no Couto Pereira. E lembrar que eu estava no estádio e sai cinco minutos antes da marcação do pênalti para não sofrer com o congestionamento.



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