segunda-feira, 28 de abril de 2008

Cadê o cartão juiz?

Atletiba sempre foi sinônimo de rivalidade, estádio cheio, forte marcação, faltas e mais faltas e por fim: expulsões. Por tudo que representa, e não vou ficar aqui definindo, mas os jogadores ficam mais emotivos e dispostos, o que reflete sensivelmente na qualidade técnica, que geralmente é superado por carrinhos, xingamento, agressões.

O Atletiba que marcou a o ponta pé da final do Paranaense 2008 não preencheu estes “requisitos”. Jogo pegado, sim. Mas foram poucas faltas e um número quase inexpressível de cartões amarelos. Ao longo dos 96 minutos o arbitro Héber Roberto Lopes puxou o cartão de advertência apenas cinco vezes. O mais interessante foi que quatro deles foram para jogadores do Coritiba e apenas um para os atleticanos, que estavam perdendo e teriam mais razoes de perder a cabeça. Sinceramente não me lembro de um Atletiba com apenas cinco cartões e com as duas equipes terminando com 11 jogadores. Será que isso se repetirá daqui uma semana!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Room 458


Falta pouco para a hora marcada, 17h30. O trânsito lento característico do final do dia parece ficar cada vez mais sufocante. Chegando ao hotel, de alto nível para este tipo de encontro, me passo por hospede e aperto o sexto andar. Um pouco desorientado pela quantidade enorme de portas semelhantes, acho o número 687.

Este talvez é o momento de maior excitação, pois a voz e fotos pouco semelhantes a realidade combinados com a imaginação se transformam em uma pessoa de carne e osso. Ufa! Não foi um engano, apesar do aparelho nos dentes que por momento algum imaginei e do cabelo menos brilhante, a garota era muito atraente.

A inibição inicial foi sendo preenchida por uma conversa forçada para parecer que nos conhecíamos a algum tempo. Apesar de deixar de lado perguntas intimas que elas estão acostumadas a responder como “o tamanho é bom” ou “as vezes é rápido mesmo”, não pude deixar a curiosidade de lado e descobrir o porquê deste trabalho. A resposta foi a esperada, mas ouvindo foi diferente, sem ser comovente, mas interessante.

Moça bonita do interior do Rio Grande do Sul queria sair da vida e cidade pequena e, atraída por contatos, desembarcou em Curitiba. Cidade bonita, gente legal, festas, homens com dinheiro e pronto. Foi um pulo. O problema agora é largar. Segundo Mônica o dinheiro vai para a faculdade, mas parece não ter pressa de concluir.

Programas são diários, intercalados com viagens para o litoral ou para festas afastadas que duram o final de semana. Os estudos ficam um pouco de lado, já que também é preciso malhar na ginástica para manter tudo em cima.

A saudade também pesa. “Sinto falta da minha família que ficou lá no sul. Dos meus amigos, mas fazer o que?” Apesar do tema difícil e da desconfiança de muitos, os programas que faz são escondidos dos familiares. “Estou fazendo faculdade. É tudo que eles precisam saber”, desabafa, mostrando fragilidade.

Não que não seja uma garota comum na saúde dos seus vinte e poucos anos, mas ela não é. Deixando o preconceito, algumas roupas e maquiagens para trás, podia ser a namorada. Linda, educada, estudada, sensível... Mas existe o tal programa, que afasta Mônica de ter uma vida normal e sem mistérios.
June 4 Curitiba, Brazil Helooch


MEGADETH's setlist

1. Sleepwalker
2. Wake Up Dead
3. Take No Prisoners
4. Skin O’ My Teeth
5. Washington Is Next
6. Gears Of War
7. Kick The Chair
8. In My Darkest Hour
9. Hangar 18
10. Ashes In Your Mouth
11. Burnt Ice
12. Trust
13. Tornado Of Souls
14. Symphony Of Destruction
15. Peace Sells
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16. Holy Wars

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Up the Brazilian Tours

Dólar em baixa ou bandas em fim de carreira? A resposta realmente não importa para a maioria dos fãns da música do diabo, do culto ao álcool e drogas, do epelo a violência, entre outros adjetivos para o heavy metal ou não tão heavy ou metal assim.

2008 tem se mostrado como o ano dos grandes shows no Brasil e, com exceção do Ozzy, de Curitiba. Após um período de estiagem na capital das paranaense, a cidade já acolheu nestes quatro primeiros meses do ano Iron Maiden, Deep Purple, Helloween e Gamma Ray. E ainda será anfitriã de Whitesnake, Megadeth, Nazareth e Blaze Bayley.

O que nos resta é torcer para o Real continuar “forte” ou esperar a ação do tempo que invariavelmente torna as bandas cada vez mais veteranas.

Brazilain Crazy Father

Realmente o padre conseguiu chamar a atenção, mas não para a causa dele. Virou motivo de piada nacional por:

1) Ter voado preso a balões de festas! Isso por si só já é engraçado.

2) Escolheu o pior dia para voar! As condições do tempo anunciavam possibilidades de chuvas fortes, mas o padre declarou que iria “voar por cima das nuvens”. No interior do Paraná, um dos milhares de supostos destinos do padre, registrou-se chuvas de granito com pedras do tamanho de ovos.

3) Tinha GPS, mas não sabia usá-lo.

4) Apareceu na maioria dos noticiários nacionais, inclusive na CNN e BBC, como “brazilain crazy father”.

5) Um ex-professor de pára-quedismo disse ter expulsado o padre da escola por ele ser muito exibicionista.

6) O mesmo professor disse ter recebido o padre dias antes da viagem para pedir conselho. “É uma péssima idéia. Você pode acabar parando na África!” Será que já procuraram por lá?

7) Um ouvinte de rádio disse rezar pela vida do religioso, e caso retorne com vida deve levar uma bronca da Igreja por ter feito tamanha burrice.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Judas by my guide

Juventude perdida compra ingresso para show de música do diabo!


Totalmente emaconhados os jovens gritavam “Maiden, Maiden” e comemoravam a aquisição do ingresso para ao culto ao tinhoso!

Genial demais para ser verdade.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Let the man drink

“Terceiro mandato? Tô fora. Faz tempo que quero tomar uma sem a imprensa encher o saco!”

quarta-feira, 9 de abril de 2008

He still can fucking hear you

Após 13 anos da última apresentação no Monster of Rock, Ozzy Osbourne, 59 anos, desembarcou no Rio e São Paulo para a turnê de último disco, Black Rain.


São Paulo, 5 de abril, Estádio Palestra Itália. Vinte e três minutos antes da hora marcada para o início do show (23h), eu estava aproveitando para descansar e, sentado, tentava esquecer os shows de abertura, em especial do Black Label Saciety. Liderada pelo guitarrista da banda de Ozzy, Zakk Wylde, as seis faixas executadas conseguiram incomodar. Muito mais pela performance no palco do que da própria música, que parecia pretexto para os intermináveis solos de Wylde antes, durante e depois de cada canção. O restante da banda preocupava-se mais em endeusar o frontman, com uma submissão que doia.


Chatice superada foi a vez dos californianos do Korn. A música, mistura de heavy metal e batidas eletrônicas, podia não ser a mais agradável, mas serviu para aquecer o público e as 16 músicas passaram rápido.

22h37, o sistema de som ainda entretia o público com "Hell's Bells", do AC/DC, surge uma voz, em um tom que parecia de brincadeira: "I wanna hear you" Olhei para o palco pensando em ser apenas uma gravação usual para animar o público, mas não. “I still can’t fuck hear you”, insistia. Corro pra pegar um lugar central e, nos três telões do estádio, inicia um vídeo ao estilo do Madman. Uma série de sátiras de filmes, seriados e programas de TV onde Ozzy atua, via montagem, em situações de pura comédia.

Demorou ainda um certo tempo para pisar no palco, mas assim que iniciou o show, todas as teorias que havia escutado sobre sua performance ao vivo foram confirmadas. No decorrer de 1h40 minutos de apresentação Ozzy gritou, de joelhos reverenciou o público, tomou chá em uma xícara absurdamente grande, jogou baldes de água, bateu palmas insistentemente, deu seus pulos característicos, com a bandeira do Brasil nas costas prometeu voltar em breve, mas, acima de tudo, cantou muito bem.

Beirando os 60 anos, sua performance não decepcionou, principalmente para alguém que nunca havia o visto ao vivo e provavelmente não verá novamente. Claro que não há mais a mesma energia e capacidade de 30 anos atrás, mas ainda consegue com naturalidade entreter 39 mil pessoas e deixá-las em suas mãos, mostrando que o final da carreira está próxima, mas seu mito se consolidada a cada show.

I Don’t Want To Stop (2007)
Bark At The Moon (1983)
Suicide Solution (1980)
Mr. Crowley (1980)
Not Going Away (2007)
War Pigs (1970)
Road To Nowhere (1992)
Crazy Train (1980)
Solo Zakk Wylde
Iron Man (1970)
I Don’t Know (1980)
No More Tears (1992)
Here For You (2007)
I Don’t Want To Change The World (1992)
Mama I’m Coming Home (1992)
Paranoid (1970)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Curitiba: Metal Town

Rod Smallwood é o manager do Maiden e, como tal, também responsável por postar no site oficial da banda um diário sobre a Somewhere Back In Time tour. Interessante é que ele não comenta nada sobre os shows em si, e sim dos bastidores e principalmente das cidades anfitriãs. Nos próximos parágrafos ele descreve a impressão que teve de Curitiba.
ROD'S DIARY - MAR 3-4 CURITIBA
"Easy flight to Curitiba (stop to listen to Maiden Maiden chants from loads of fans outside hotel here!) but madness when we arrived. We were quickly off the plane and at the airport exit but then confronted by a sea of fans -- took a van back to get a documentary cameraman as had to get these guys on film. Eventually security organised a path through and we were off with the police escort - impossible to even consider any autographs with so many people. This is a real metal city and the fans made us feel more than welcome!! And even more were at the hotel to welcome us there. Madness.

Did some work then met up with CNN camaraman Dave for a few beers and sports talk and Dave told me some great stories about his excursions to various war zones. A very interesting but sometimes dangerous job. Our fans aren't half as scary as some situations he had been in!! we went to -- yes you guessed it -- an Irish Pub, SHeridans. Nice place but packed. Steves football team and most of our crew were there too, singing football chants at each other and checking out the local brews. A lot of fans too and they pissed off Jan literally taking photos when he went to the bog. It can sometimes get too much, the lack of privacy is starting to get to everyone a bit but more of that later. Anyway it was a good night.
Went to the gig late am next day with Bruce as it was our turn to do CNN interviews at the venue and as doors were at 2pm we had to finish by then. I find doing interviews not too easy as unlike the band l am not that practiced but I am always happy to talk about the band and what we are up to!
The venue itself was amazing. Apparently we had played here before in the Blaze days but I wasn't there so didn't know how unusual it was and what a great place for filming. Should look great on the documentary. It is an old quarry, the backstage area is on the upper ground and then you take a lot of stairs or a rickety old lift down to the quarry floor where the stage is. There as a small lake at the back which looked very mossy so probably a few mosquitos in the eve -- hope no fans fall in!! the flat quarry bed holds 18,000 and it was sold out in a few days last Dec, the first time anyone has sold it out in advance, let alone 3 months almost ahead of the date. And this includes major stuff apparently like McCartney and Bon Jovi. So some accomplishment, but I did say it was a metal town!!

The audience were again quite fantastic and I watched the last few numbers from the top level and the sea of arms looked so great -- a really atmospheric venue.

Our hotel was pretty basic and the bar was closed. We didn't fancy taking our chances with the Irish Pub tonight but it was Rosie and Dave's last night so persuaded them to serve us a few beers on the restaurant mezzanine and after a while said farewell and hit the sack, though due to a combination of show driven adrenalin and buzzing ideas didn't get much sleep."

Rod

Ozzy negou

RESPOSTA DO CREDENCIAMENTO

Prezados ,

Encaminhamos sua solicitação para a produção do show OZZY OSBOURNE e infelizmente, seu pedido não poderá ser aceito.

A razão que nos foi informada para a recusa foi de que, por determinação do artista, só foi possível credenciar para o show um número muito limitado de veículos de imprensa.

Estejam certos de que lamentamos tal decisão e esperamos poder atendê-los em um próximo evento.

Atenciosamente,
Media Mania Comunicação & Imagem

terça-feira, 1 de abril de 2008

Identidade perdida

Após três anos rebatizado com um nome comercial, o estádio do Atlético volta a se chamar Joaquim Américo, ou para os mais próximos Arena da Baixada. A contrato com a multinacional Kyocera se encerrou no última dia do mês de março, dando fim a parceria estratégica utilizada pelo rubro-negro.

Mas identidade do clube, que vai sendo perdida a cada contrato comercial, deve ficar ainda mais frágil, pois a utilização da estratégia “naming rights” deve voltar a ser utilizada. O retorno financeiro proporcionado foi muito positivo e o clube estuda outras propostas. “Houve uma valorização da Arena, o mercado cresceu e nossa expectativa era de negociar por mais do que o dobro do que foi fechado em 2005”, disse Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do clube.

Os valores da parceria não foram divulgados, porém especula-se que o contrato entre Atlético e Kyocera rendia ao Furacão cerca de R$ 1,77 milhão por ano. A nova parceria (sondam-se nomes de peso como Emirates Group e HDI) deve ser ainda mais vantajosa, pois o estádio provavelmente sediará jogos da Copa de 10014.

Resta agora saber qual será o novo “nome” do Joaquim Américo, e torcer que a identidade e cultura do Atlético seja aos poucos substituída por interesses financeiros.