terça-feira, 20 de maio de 2008

Did you get any?

Poucos foram os atores que a televisão conseguiu resgatar de fracassos na tela grande como o americano Charlie Sheen. Após um início de carreira meteórico, onde protagonizou filmes como Platoon e Wall Street, e com um empurrãozinho do sobrenome do pai, Martin Sheen, este nova iorquino acabou em queda livre após se aventurar na comédia. Vários foram os filmes que realizou e, com exceção de poucos como Top Gang 2: A Missão, os fracassos de bilheteria quase o levaram à lona.

Além das falhas visíveis em suas atuações, as atitudes em sua vida particular ganhavam repercusão e o colocavam ainda mais na lista dos acabados. No final dos anos 90 o Sheen já somava inúmeros problemas com álcool, drogas, prisões e overdodes. Seu esteriótipo ator problema ficou mais acentuado devido a seus problemas com o sexo oposto. Na verdade as mulheres não eram um problema, mas acabaram virando.

Mulherengo clássico e movido por tudo que fosse relacionado ao erótico, tornou-se alvo maior da mídia especializada quando o escândalo envolvendo astros de Hollywood e a cafetina Heidi Fleiss veio à tona. Em declarações soube-se que ele havia dormido com 27 prostitutas agenciadas por ela. Destaque também para sua conturbada ligação com a ex-mulher, Denise Richards, que o acusou de vilolento e viciado em pornografia. A fuga dos padrões atingiu o teto devido sua obsessão pelo assassinato da mulher do ex-jogador de futebol americano O. J. Simpson, onde colecionava fotos de sua autópsia!?

Fundo do poço! tudo acabado? Em aí que os executivos da rede americana CBS tiveram a sacada de levar tudo isso, com alguns filtros é claro, para um sitcom em que Charlie atuaria como ele mesmo. Em 2000 foi ao ar a primeira temporada de Two and a Half Men (exibida no Brasil pelo canal pago Warner), onde Sheen é um solteirão convicto, mulherengo, babado e até certo ponto mau-carácter que abrigar o irmão e o sobrinho em sua mansão em Malibu.

O destaque fica pelas dicas sórdidas sobre as mulheres que dá para o irmão, em atuação excelente de Jon Cryer, e para o sobrinho (Angus T. Jones) que iniciou com 8 e já avança na adolescencia.

Em sua oitava temporada a série é um fenômeno nos EUA com um humor ácido e envolvente. Charlie renovou seu contrato com a rede CBS com salário de 350 mil dólares por episódio, passando a ser o ator de comédia mais bem pago da TV americana.

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