segunda-feira, 26 de maio de 2008

Someplace between rocks and woods

Percorrer os 203 quilômetros que separam Curitiba de Prudentópolis não leva mais que duas horas pela estrada de Ponta Grossa, meia hora a mais se o caminho escolhido for por Irati, mas a sensação é que os dois municipios estão a anos luz de distância.

À beira da BR-373, Prudentópolis é famosa pela colonização ucraniana. Este laço forte com o leste europeu provêm do final do século XIX, quando a cidade foi fundada pelo Dr. Cândido de Abreu, dono das terras, que assumiu a missão de promover a colonização. Em 1896 foram atraídos para a região 1.500 famílias ucranianas (em um total de 8 mil imigrantes) para dar vida a nova terra. Hoje, com 80% da população descendente dos imigrantes, é a cidade mais ucraniana do Brasil. No final da primeira década do século XX, a cidade recebeu o batismo de Prudentópolis, homenagem ao presidente Prudente de Moraes.

Cultura européia que atrai turistas, com destaque para as igrejas específicas e a culinária baseada em animais. Os defumados são vastos, com louvor a cracóvia (saborosa espécie de salame). O seu revelo privilegiado também merece destaque, proporcionando aos visitantes cachoeiras impressionantes cravadas e escondidas no meio do mato. Com mais de 100 quedas d’água catalogadas, o município abriga a maior cachoeira do sul do país, a altíssima Salto São Francisco, com impressionantes 196 metros. Apesar da falta evidente de estrutura da prefeitura em explorar este presente da natureza para a cidade, os caminhos rochosos e empoeirados requinta o ar de aventura.

Quanto a vida em sociedade, Prudentópolis é uma típica cidade do interior paranaense, onde a população enlourecida é simpática em demasia, causando por vezes alguns desentendimentos, é carente de diversão, pelo menos para os jovens. Os que não caíram fora após completarem dezoito anos e migrarem para centros maiores, não tem opções de diversão. Para os adultos, bailes e festas do CTG (Centro de Tradições Gaúchas). Para os mais novos, perfume e roupa nova para beber na praça.

Bares existem, mas poucos se encaixam na faixa etária. Destaque para uma pizzaria que divide espaço com os carros estacionados gerando música, a opção de diversão. A falta de algo mais fica evidente na resposta meio incrédula do garçom da tal pizzaria. “Onde este pessoal bem vestido vai? A festa começa que horas?” “Festa? Mas hoje é sábado!

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