quinta-feira, 12 de junho de 2008

Cartolas no fio do bigode

Uma amostra de incompetência administrativa, burrice ou sorte. O zagueiro Henrique (20), formado pelo Coritiba e destaque do time nas últimas duas temporadas, era a certeza de lucro para os cofres do clube mais evidente dos últimos 20 anos. Os laterais Adriano e Rafinha, negociados em 2005, também deram lucro, mas não tão óbvias.

Apesar da possibilidade concreta da presença dos Jogos Olímpicos de Pequim, que resultaria em uma valorização certa e natural, a diretoria do Coritiba não viu deste jeito e negociou seus direitos federativos para a Traffic, que por sua vez repassou ao Palmeiras. Os valores: 2,5 milhões de euros.

O provável virou concreto. O zagueiro além de garantir a posição nas Olimpíadas, foi convocado para a seleção principal. Sua valorização atingiu o teto e despertou interesse do gigante Barcelona. Estima-se que a transação, dada como certo pela imprensa paulista, gire em torno de 10 milhões de euros, 300% de valorização em relação à pechincha que o Coxa fez ao Palmeiras.
Cara fechada pensando na péssima conta que fez? Não. Os cartolas alviverdes estão contentes que irão receber 5% da transação, pois o Coxa é o clube que revelou Henrique. Essa comemoração patética pelo farelo que irá receber mostra a falta de conhecimento na parte comercial de um clube de futebol, essencial para sua subsistência.

Voltando ao caso de Rafinha, também com os pés nos Jogos, o lateral do Shalke 04 rendeu ao clube, sob uma administração mais inteligente para negócios, quase 10 milhões de euros. Três vezes mais do que foi pago pela Traffic.

Incompetência administrativa, acaso, sorte ou burrice? Não sei.

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