terça-feira, 17 de junho de 2008

Frozen my ass out

A madrugada de terça-feira, 17 de junho, foi a mais fria dos últimos quatro anos em Curitiba, atingindo, segundo informações do Simepar, -3ºC. Ao amanhecer a temperatura de 5ºC preservava a camada de gelo na superfície de tudo que estava exposto ao tempo, formando paisagens de cartão postal daquelas cidades pequenas da europa.

Curitiba é a capital mais fria do país, e em poucos destaques que têm no cenário nacional -tirando os questionáveis slogans de cidade ecológica e do bom sistema de transporte coletivo, ela é lembrada na hora da previsão do tempo do Jornal Nacional, quando a garota do tempo anuncia a temperatura e espanta os espectadores de outras regiões do país.

Apesar do intenso frio, a esperança de nevar é pequena. A última, e talvez a única oportunidade que a neve foi vista na região, foi no dia 17 de julho de 1975, quando nevascas (sim, é este mesmo o nome, mas claro, com intensidades diferentes) incomuns atingiam praticamente toda a região Sul, e o termômetro em Curitiba registrou uma de suas menores temperaturas: -6,0ºC. A temperatura é a mínima absoluta registrada pelo Simepar, mas segundo o livro "Geografia do Brasil", de Marcos de Amorim Coelho e Nilce Bueno Soncin, a temperatura na cidade já chegou a -8,9°C em 14 de junho de 1920.

A combinação entre altitude e umidade da cidade é muito semelhante ao dos estados da Geórgia ou da Carolina do Sul, nos Estado Unidos, regiões habituadas com a neve. Mas por que não neva em Curitiba, se a partir de 0ºC é possível nevar?

Basicamente e exclusivamente devido a umidade do ar. Em Curitiba esta umidade no inverno fica em torno de 35%, pouco para possibilitar a precipitação de neve, que pode ocorrer facilmente entre as temperaturas registradas na cidade, que variam entre -3ºC e 5ºC.
Partida realizada sob fina camada de neve em Caxias do Sul, entre Juventude e Fluminense em 1968 e Curitiba em 1975.


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